quinta-feira, 30 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O tempo é meu. É meu aliado. Eu gostaria de não sair mais deste lugar porque há coisas, dentro de mim, que eu preciso conhecer. O tempo é o que eu tenho. O tempo em mim. Tempo e angústia. De repente, vejo que outros assuntos não precisam mais ser falados. Aquilo não é mais eu, só uma imagem que eu colo na parte dianteira dos meus pensamentos e eu preciso eliminar isso, o óbvio. Eu só estou em mim e não preciso tentar explicar meus caminhos porque eles existem para dar margem ao que eu não compreendo.
sábado, 25 de setembro de 2010
Há muitos, muitos mundos dentro de mim. Eu gostaria de estar calma para aproveitar esta passagem. Para ver os tantos eus. Pode uma pessoa ter tantos caminhos diferentes? Tantas possibilidades de se perder?
A fé que há em adormecer suja, com a roupa da rua, em um quarto bagunçado. É como se eu estivesse segura. Nada poderia me atingir.
A fé que há em adormecer suja, com a roupa da rua, em um quarto bagunçado. É como se eu estivesse segura. Nada poderia me atingir.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Me cansei de ir atrás do outro para me completar. Não sei como não percebi a inutilidade disso antes, mas é que desde sempre é como se eu precisasse com urgência preencher algo. Eu achei que isso acontecia através da outra pessoa, mas não acontece e eu fui esperando cada vez mais um amor que não ou que vinha, mas eu não conseguia reconhecer.
Passo tanto tempo tentando ser uma pessoa que não sou pra me sentir menos sozinha. Isso não vale a pena.
Passo tanto tempo tentando ser uma pessoa que não sou pra me sentir menos sozinha. Isso não vale a pena.
Eu tenho vontade de socializar, mas acho que sou essencialmente sozinha. Perdida num pequeno espaço branco (se é pequeno, como eu estou perdida?). Ele não é tão pequeno quanto me sufoca. E eu preparo minhas próprias armadilhas, que finjo não notar. A mesma corda me puxou pelo pé e me apontou falsidade. Eu respondi não, não me entenda mal. É que eu só não estou à vontade no meu corpo.
Eu me esqueço tão rápido de tudo que se revelou em um minuto, dentro do ônibus. Não dá tempo de dizer e seria, de qualquer forma, inútil. Como viver. A vida é uma falta de função. E a gente faz o que? Faz. Faz. Faz. Realiza. É para nada, mas, mesmo assim, é a única coisa possível. A única coisa que eu posso dizer. Vou fingir que é importante.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Aí eu decido de novo que preciso de disciplina, lembro sobre o que gostaria de escrever, me envergonho por não ter feito nada. Aí sou eu de novo vivendo outras vidas, em mim nos outros. Sou eu regurgitando os mesmos sentimentos, lendo os poemas e me sentindo presa. Eu estou presa e sempre que tenho vontade de gritar volto atrás no tempo, decidindo que alguma coisa não foi dita. Quando deveria, quando ainda tinha fôlego, quando eu ainda imaginei um futuro, mas esqueci de anotar o que iria fazer.
Um pedaço, um pedaço, um pedaço de alguma outra coisa e que não vai se encaixar com os outros que já estão espalhados pelas minhas redes, cabelos, o piso de onde eu não os pude recolher dizendo venham venham venham até mim.
Um pedaço, um pedaço, um pedaço de alguma outra coisa e que não vai se encaixar com os outros que já estão espalhados pelas minhas redes, cabelos, o piso de onde eu não os pude recolher dizendo venham venham venham até mim.
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