domingo, 28 de agosto de 2016

Poema para Natal

Voltei ao sol
Minha casa é o sol
Na rua, derreto
Um homem passa e comenta da minha saia
A areia entra nas minhas sandálias
Corro até o ônibus
Levo os cabelos suados de uma medusa
Todos me olham com cara de pedra
Estou quase cega de claridade
Porque moro dentro do sol
Estou cansada de ser inteira luz

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