Nossa beleza e aventura futurista
Mesmo depois da morte do tempo e do espaço, a Companhia Silenciosa ainda canta o amor ao perigo, o hábito da energia e da intrepidez. Desde então a literatura exaltou uma imobilidade pesarosa, êxtase e sono. Nós exaltamos a ação agressiva, a insônia febril, o passo ginástico, a bofetada e o soco. Nada de sensíveis romances sobre necrofilia.
Nós afirmamos uma nova beleza: A beleza da velocidade e do artificial. O carro de corrida cuja capota é adornada com grandes canos, como serpentes de respiração explosivas de um carro bravejante que parece correr na metralha e a solitária boneca inflável com realísticos buracos de silicone cor-de-rosa, que são mais belos que a vitória da Samotrácia. Não há beleza fora da luta, nenhum trabalho sem caráter agressivo pode ser uma obra de arte.
Toda diva é a imagem plena da subversão ao padrão feminino extático e sem voz: toda mulher calada será por nós perseguida. Nós cantamos às grandes multidões excitadas pelo prazer e pelo tumulto; nós cantamos as canções das marés de revolução, multicoloridas e polifônicas nas modernas capitais: nós cantamos o vibrante fervor noturno de arsenais e estaleiros em chamas com violentas luas elétricas; cantamos o glitter e dança do acasalamento; pontes que transpõem rios, como ginastas gigantes, lampejando no sol com brilho de facas; a arte burlesca a wireless, as inconfiáveis fiações terrenas e a carnalidade virtual sem depositório físico; a cinta liga, o salto alto e a perna desnuda; e o vôo macio de aviões cujos propulsores tagarelam no vento como faixas e parecem aplaudir como público entusiasmado.
Preferimos ser idiotas a ficar obcecados pela morte. A nossa arte é feita de excesso, sexo, superabundância, assombro. Usamos nossos desejos verdadeiros para caminhar em direção à auto-realização, à beleza e à aventura. Nossa bomba negra explode em esperma e estalos, ervas hilariantes e pirataria, estranhas heresias xiitas e fontes paradisíacas borbulhantes, ritmos complexos, pulsações de vida, tudo o que for sem forma e raro. E, ainda, de lambuja, debochamos do fetichismo elitista de niilistas patéticos, o autodesprezo gnósticos dos intelectualóides 'pós-sexuais'.
Nós afirmamos uma nova beleza: A beleza da velocidade e do artificial. O carro de corrida cuja capota é adornada com grandes canos, como serpentes de respiração explosivas de um carro bravejante que parece correr na metralha e a solitária boneca inflável com realísticos buracos de silicone cor-de-rosa, que são mais belos que a vitória da Samotrácia. Não há beleza fora da luta, nenhum trabalho sem caráter agressivo pode ser uma obra de arte.
Toda diva é a imagem plena da subversão ao padrão feminino extático e sem voz: toda mulher calada será por nós perseguida. Nós cantamos às grandes multidões excitadas pelo prazer e pelo tumulto; nós cantamos as canções das marés de revolução, multicoloridas e polifônicas nas modernas capitais: nós cantamos o vibrante fervor noturno de arsenais e estaleiros em chamas com violentas luas elétricas; cantamos o glitter e dança do acasalamento; pontes que transpõem rios, como ginastas gigantes, lampejando no sol com brilho de facas; a arte burlesca a wireless, as inconfiáveis fiações terrenas e a carnalidade virtual sem depositório físico; a cinta liga, o salto alto e a perna desnuda; e o vôo macio de aviões cujos propulsores tagarelam no vento como faixas e parecem aplaudir como público entusiasmado.
Preferimos ser idiotas a ficar obcecados pela morte. A nossa arte é feita de excesso, sexo, superabundância, assombro. Usamos nossos desejos verdadeiros para caminhar em direção à auto-realização, à beleza e à aventura. Nossa bomba negra explode em esperma e estalos, ervas hilariantes e pirataria, estranhas heresias xiitas e fontes paradisíacas borbulhantes, ritmos complexos, pulsações de vida, tudo o que for sem forma e raro. E, ainda, de lambuja, debochamos do fetichismo elitista de niilistas patéticos, o autodesprezo gnósticos dos intelectualóides 'pós-sexuais'.
Programa do espetáculo "Burlescas", da Companhia Silenciosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário